Estômago é um longa-metragem que conta a história de Alecrim, um imigrante nordestino que vai para São Paulo. Lá, (ou aqui, sei lá) ele começa a trabalhar na cozinha de um boteco. Inesperadamente, as coxinhas feitas por ele tornam-se sucesso. Logo depois, ele é contratado para um restaurante italiano. Só que a história não se basta nisso. Paralelo a descoberta do talento culinário de Alecrim, o público também descobre um Alecrim encarcerado que literalmente pega as pessoas pelo estômago. Revelando um jogo de poder na prisão que é estabelecido - no caso dessa personagem - pela comida.
Entre o Alecrim do restaurante e o da prisão, a diferença e as semelhanças vão aparecendo no decorrer da história. Não é preciso nem dizer que o êxtase do filme é o momento em que se descobre o que liga os dois momentos da vida do protagonista. Existe um ar quase Almodóvar nas cores fortes e nas personagens surpreendentemente humanas.
Ok. Paro por aqui. Não é só por Estômago que escolhemos Marcos Jorge para ser o objeto central das nossas lentes documentais. Existe nele e na sua história uma fórmula verdadeira de artista. Uma inquietação e uma vontade que nos contagiou e transformou esse projeto no nosso objetivo durante alguns meses. O produto final não é tudo que queríamos dizer, mas serve como piloto das nossas ideias e linguagens.
Assistam, não sem antes ligar o botão da crítica e soltar tudo em comentários depois.
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