domingo, 13 de maio de 2012

Gritar, gritar até a cratera exaurir-se. Até me secarem os ossos. Até faltar ar - mas sempre falta. Até se extinguirem as mil mazelas do corpo. Até ser, deixar de ser, raspar a cabeça e me por nua no centro da minha vida. Respira fundo, insistiu !
Joga água fria no rosto, vamos dar uma volta, é psicológico. gritar meu urro, a torrente de impropérios.

Digitei poema do desespero. Procurei .Você quis dizer: não! Não quis. Eu sou um pouco doido (e melancólico.) Preciso me aceitar assim, bate na testa,. Mas se já sou, por que de me aceitar?

Gritar, de novo, meu urro, minha torrente de impropérios. Que posso estar louca, mas que podem me enterrar sem que homem nenhum tenha se visto na brancura dos meus seios. Gritar minha culpa, que digo ser cristã, mas que dói é em minhas carnes. Gritar que é mentira! , que também eu minto. E pedir que não seja verdade. Só paranoia. Há que me afagar co'a calma, a calma, a calma, a calma dos casais. Ficar rígido. Meu coração é bom mas não aceita que o seja. Gritar o choro. Gritar a Água do meu Tietê, onde me queres levar? . Gritar Estou doente. Doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até. Gritar que é culpa dos prédios, do céu em corredor, de ver tudo de baixo, de pisar na cabeça dos outros para entrar em casa, do demasiado cinza. Gritar que é culpa dos arquitetos e urbanista e engenheiros, - como no filme, Gritar o filme! – que é culpa do prefeito, gritar

A uns, Deus os quer doentes, a outros quer escrevendo.

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