quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Albúm de Viagem: Mosteiro de São Francisco


Tenho uma tia "torta" maravilhosa.
Torta porque é mulher de meu tio/padrinho. É minha Tia Côca. Na verdade, tenho tias maravilhosas.  
Hoje fomos ao Centro Histórico de João Pessoa, um lugar lindo, cheio de historias, como a da Igreja de São Francisco com seu calabouço que corta a cidade inteira pelo subterrâneo, usado para fugir das guerras.
Também a história do velhinho que ajudou a descobrir obras de artes escondidas nas paredes, após uma visita a uma antiga casa que estava sendo revitalizada, e que hoje é A Casa do Azulejos, onde funciona a Secretaria de Cultura. Ele deixou seu numero de telefone, endereço e nome, com a secretária de cultura caso quisessem mais ajuda. Descoberta as obras de arte e prontas para a inauguração da casa dos azulejos, os arquitetos foram atrás do senhor e descobriram que ele já havia morrido há 30 anos. 
Acho massa, essas histórias. 



















Tia Côca :)


Eu estou começando a pensar com sotaque.
Que medo de me ouvir falando.


Um comentário:

Rodrigo Mercadante disse...

É tão bonito ouvir os sotaques, ou nos deixarmos falar à partir deles.... Uma experiência marcante foi quando ouvi pela primeira vez meu próprio sotaque, um uai fugitivo em plena av. Paulista....
Chego em Minas, e meu sotaque volta de imediato!O sotaque da terra natal é aquele que ressurge ao travesseiro, quando se concilia o sono ao lado de quem se escolheu pra viver a vida inteira.Quando a cama vira berço e acolhe.
Já os novos sotaques são libertadores.Aqueles que vamos descobrindo. É como um novo personagem, um assassino, um galã, um chinês, um perverso sem culpa nenhuma.Aquele outro de mim que não sou eu.Um sotauqe carioca me permite ser mais "light" com a vida pois meu sotaque mineiro já me fez doce melancolico da montanha ( Adélia Prado fala em temperamento quaresmal). O sotaque paraibano me acalma, o baiano me faz falar sorrindo e não me importar tanto,o acreano me faz tocar nas pessoas a quem eu me dirijo.
Ainda hoje às vezes saio à rua e finjo não morar em São Paulo. Em outros momentos finjo ser "nativo" do lugar onde estou....