segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sem nome


Obnubilada, minha brasa desce cortante a rua augusta
Somos totais poderio e cantata de uma só roldana enferrujada
Quisera correr os lírios campos, mas descobrira que sem um vestido de véus
O vento não sopraria.
Sigo descendo a pedraria.
Retendo braços que não ficam quietos - de maneira alguma -
Por estarem muito perto da essência encarnada
Eu vou só.
Com os olhos secos, o peito sem jeito e a lua escondida.
Vejo, mas não há mais jeito, meu amor.
Passou.
Se pular na frente deste caminhão de lixo,
Morro físico.
E o olhar triturador do critico me perseguirá na eternidade.
-       Que me importa tudo isso?
Se meu coração se abre é por ser inumano. E só.
Continuem humanos, seu academistas miseráveis
Prefiro morrer de amor.
E os braços ao vento, como anáguas imperdoáveis.
O paraíso é não entender.
Pularei todos os estágios ingloriosos,
À procura de um gato chamado Francisco.
Só eu entendo a sua insuficiência.
Quem mais? A critica de tapa nos lombos,
Ou o tendência que tu tanto odeias.
Vai-te a merda, bocuda.
Tens razão de sobra pra me odiares.
E eu?
Que razão tenho para descer uma rua inteira
Me odiando.
Não sou mártir,
Sorvo vinho por amor a mim.
De que tira tudo isso, meus braços galopantes?
Que devo arrojar-me sem saber e entrar no negrume deste secos.
Que mereço, meu Deus?
Dois tapas e só?
Eu quero pior.

Um soco acima da minha donzelice,
E basta. Para que eu morra e renasça.
Podendo ser tudo.
No mês que vem descerei de novo a mesma rua,
A mesma lua será tetra num céu negro,
Ó Deus meu, que eu seja o mesmo,
Menos lastimoso e mais afável.
Que exista delícia nas minhas entranhas
Entre elas.
Por que agora a vontade de morrer é inteira em mim,
Embora a cachimônia seja outra.